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sexta-feira, 20 de maio de 2016

Reportagem associa elevados índices de tuberculose à pobreza no Rio de Janeiro


A Pública - agência de reportagem e jornalismo investigativo - alertou, em reportagem divulgada no dia 12 de maio, para a elevada incidência de tuberculose na cidade do Rio de Janeiro a poucos meses da realização dos Jogos Olímpicos 2016. Em detalhada matéria sobre o histórico da doença e sua relação com as favelas da cidade, a jornalista Anne Vigna ouviu duas especialistas da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), a pesquisadora Margareth Dalcolmo, do Centro de Referência Professor Hélio Fraga (CRPHF) ,  e a médica Celina Boga, do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF).

Clique aqui para ler esta reportagem.


Fonte: Ensp/Fiocruz

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

O desafio de se comprovar na Justiça a intoxicação por agrotóxicos


Comprovar que um óbito foi causado por um agrotóxico é um desafio. Enquanto algumas substâncias podem permanecer décadas no corpo humano (tais quais os organoclorados como o DDT, que é eliminado progressivamente pelas fezes, urina e leite materno), outras não ficam nem uma semana no organismo, o que não significa que não causam estragos.

A pesquisadora do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh) da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) Karen Friedrich explica que há uma exigência de comprovações irrefutáveis da presença de um agrotóxico em exames clínico no sangue ou urina. “E isso é difícil ocorrer. Hoje em dia usamos muitos agrotóxicos – a maioria do grupo do organofosforados, neonicotinoides, piretróides – que são eliminados pela urina 24h, 48h, até 72 horas depois que o trabalhador ou morador foi exposto. O fato dele sair rápido também não indica que ele é seguro. Nesse caminho pelo organismo ele pode ter alterado funções hepáticas, renais e hormonais e ele sai do organismo, mas já alterou moléculas, já deixou seu efeito, muitas vezes irreversível”, explica.

Neste cenário, como provar que um óbito teve como causa o consumo ou manuseio de agrotóxicos? Um dos fatores começa na própria notificação dos casos nos sistemas de informação de saúde, organizados e produzidos pelo próprio Ministério da Saúde, que ajudariam a diagnosticar e enfrentar o problema.

Rosany Bochner, coordenadora do Sinitox, defende a transformação desses casos em eventos sentinelas. “Ao lidar com óbitos decorrentes de intoxicações ocupacionais por agrotóxicos estamos na presença de eventos raros, dificilmente notificados, mas que aportam uma enormidade de significados e sentidos, mantendo atrás de si diversas outras vítimas”, afirma.

Ela também explica que a análise dessas informações pode levar as autoridades governamentais a algumas ações positivas em prol da saúde do trabalhador e da população: “As autoridades devem buscar o local da exposição e proceder com ações de vigilância, incluindo averiguação das condições de trabalho, verificação do uso de equipamentos de proteção individual (EPI), inclusive suas trocas periódicas, aplicação de exames específicos de sangue para intoxicações por agrotóxicos, por exemplo”.

Um dos casos que confirmam a importância da notificação foi a história de VMS, já contada na matéria que abre a série “Agrotóxicos: a história por trás dos números”. VMS era almoxarife de uma multinacional na comunidade de Cidade Alta, em Limoeiro do Norte (Chapada do Apodi – Ceará). E, após dois anos e meio trabalhando como auxiliar no preparo da solução de agrotóxicos para borrifo na lavoura de abacaxi, faleceu aos 31 anos.

Em 2013, a Justiça reconheceu que a morte de VMS foi motivada “pelo ambiente ocupacional”, ou seja, pelo trabalho com os agrotóxicos. A ação movida pela família do trabalhador foi ganha em primeira e segunda instâncias na Justiça do Ceará, e representa um marco histórico na luta contra o uso intensivo de agrotóxico, pois abre o precedente de se provar legalmente que a exposição a esses produtos, mesmo com “uso seguro” de EPIs, pode levar a morte.



No documentário “Nuvens de Veneno”, uma parceria da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz, com a Secretaria de Saúde de Mato Grosso e a produtora Terra Firme, realizado em 2013, é possível ver o depoimento do sindicalista Wilfo Wandscheer e do trabalhador rural, Celito Ketzer, que falam sobre os efeitos marcantes da intoxicação por agrotóxicos.

Clique aqui para ler esta matéria na íntegra.


quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Reportagem do Canal Saúde destaca projeto de testagem rápida e gratuita anti-HIV



O projeto A Hora É Agora, que busca a expansão da testagem rápida e gratuita anti-HIV entre as populações mais vulneráveis à infecção, foi tema de reportagem veiculada no Jornal da Saúde, exibido pelo Canal Saúde da Fiocruz. O projeto, lançado em Curitiba, faz uso de outras abordagens inovadoras junto à população-alvo, entre elas a testagem rápida móvel em trailers equipados com laboratórios. Na ENSP, o projeto é coordenado pela pesquisadora Marly Marques da Cruz, do Departamento de Endemias Samuel Pessoa.

Clique aqui para assistir a reportagem do Canal Saúde.


Fonte: Informe Ensp/Fiocruz

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Nobel de Medicina é concedido a pesquisadores dos EUA, do Japão e da China


Os investigadores William C. Campbell, dos Estados Unidos, Satoshi Omura, do Japão, e Youyou Tu, da China, foram hoje contemplados com o Prêmio Nobel da Medicina, segundo comunicado da Academia Sueca.

Campbell e Omura foram distinguidos pelas descobertas relacionadas a uma nova terapia para combater infecções provocadas por parasitas, como lombrigas, enquanto Youyou Tu vai receber o prêmio por uma inovadora terapia contra a malária.

"As doenças provocadas por parasitas têm afetado a humanidade há milênios e constituem problema sanitário global. As doenças parasitárias afetam as populações das regiões mais pobres do mundo e representam grande barreira à melhoria da saúde e do bem-estar. Este ano, os ganhadores do Nobel desenvolveram terapias que revolucionaram o tratamento de algumas das mais devastadoras doenças parasitárias", diz o comunicado.

Sobre Campbell e Omura, o Comitê Nobel realçou a descoberta do novo medicamento Avermectin, que tem permitido baixar significativamente a incidência da cegueira dos rios e a filariose linfática, também conhecida por elefantíase tropical, causada por vermes parasitas do tipo filarioidea.

Em relação a Youyou Tu, o comitê destacou a descoberta do Artemisinin, um medicamento que tem reduzido significativamente a taxa de mortalidade em pacientes que contraíram malária (também conhecida como paludismo). "As duas descobertas concederam à humanidade meios poderosos para combater essas doenças debilitadoras, que afetam anualmente milhões de pessoas em todo o mundo. São imensas as consequências para a melhoria da saúde humana e para a redução do sofrimento", acrescenta a nota.

Clique aqui para ler a matéria completa.


Fonte: Empresa Brasileira de Comunicações

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O que a vida de 5 crianças pode revelar sobre as novas metas de desenvolvimento da ONU



Gift Charles tem nove anos, mora no Malauí e vai para a escola sem comer nada porque sua mãe não tem dinheiro para o café da manhã. Já a brasileira Tainá dos Santos, também de nove anos, teme os invasores que desmatam a terra indígena em que ela vive, no Pará.

O ucraniano Volodya Khomutovskyi, por sua vez, não consegue ir para a escola no inverno: ele teve paralisia cerebral e o caminho fica intransitável para ele durante a estação.

Essas são três de cinco crianças que poderão ajudar a entender como estratégias globais acabam repercutindo diretamente na vida das pessoas.

Na sexta-feira passada, na Cúpula da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável 2015, os 193 países-membros das Nações Unidas aprovaram uma nova agenda de metas para o desenvolvimento, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).



São 17 metas, que orientarão a luta global para eliminar a pobreza e a fome e combater a mudança climática nos próximos 15 anos. As novas metas se baseiam nos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que expiram ao final deste ano.

Ao longo destes 15 anos, a BBC acompanhará o desenvolvimento de cinco crianças para descobrir se suas vidas foram afetadas pelos resultados dos planos da ONU.


Clique aqui para ler a matéria completa da BBC Brasil.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

A incômoda relação entre dor de dente e desigualdade social


A saúde bucal é influenciada pelo contexto social no qual o sujeito está inserido. É nisso que acredita a odontóloga e doutora em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz), Bianca Santiago. Em 2013, ela coordenou um estudo na Paraíba que revelou uma relação entre a dor de dente e as desigualdades sociais. A tese mostrou que a chance de relatar dor dentária foi 52% menor em pessoas que moravam em locais com alto capital social de vizinhança e que, entre os escolares, a chance de relatar dor foi 3,46 e 4,5 vezes maior entre aqueles que moravam, respectivamente, na segunda e na quarta áreas com maiores taxas de homicídio na capital João Pessoa. Para Bianca, que também é docente do Departamento de Clínica e Odontologia Social da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o contexto de violência, menor suporte social e baixo empoderamento expõe os indivíduos a níveis altos de estresse, o que agrava problemas de saúde, além da precariedade da higiene bucal e da falta de uma alimentação saudável.


As conclusões alcançadas pela pesquisa mostram que a saúde bucal também sofre influência do contexto social no qual o indivíduo está inserido. Como isso acontece?

A saúde bucal não difere da saúde geral nesse sentido e ambas são influenciadas pelo contexto social em que o indivíduo está inserido. A relação existente entre as condições sociais, econômicas e os diferentes riscos para muitos agravos de saúde, bem como o acesso a serviços de saúde, emerge para o conceito de estratificação social como determinante fundamental das condições de saúde das populações. Nas últimas décadas, observou-se grande avanço no estudo de como a maneira de organização e desenvolvimento de uma determinada sociedade influencia a situação de saúde da referida população. No entanto o maior desafio dos estudos das relações entre determinantes sociais e saúde consiste em estabelecer uma hierarquia de determinações, entre os fatores mais gerais de natureza social, econômica, política e as mediações através das quais esses fatores influenciam sobre a situação de saúde da população nos níveis de grupo e individual, uma vez que essa relação não é uma simples analogia direta de causa-efeito. No caso do estudo desenvolvido em 2013 na Paraíba, pelo Grupo de Estudos em Odontopediatria e Clinica Integrada (GPOCI), propusemos algumas hipóteses explicativas, dentre elas de que indivíduos que residem em áreas mais violentas, com menor suporte social e baixo empoderamento estariam sujeitos a altos níveis de estresse que, por si só, podem contribuir para o desenvolvimento de agravos a sua saúde, além de também não atentarem para cuidados simples e cotidianos como a higiene bucal e uma dieta saudável, o que agravaria suas condições de saúde bucal.


Confira aqui a entrevista concedida ao Diário de Pernambuco.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Hospitais brasileiros pesquisam e cuidam de jovens transgêneros


O programa Fantástico foi conhecer os dois únicos hospitais brasileiros que pesquisam e cuidam de crianças e adolescentes transgêneros: o Hospital de Clínicas de Porto Alegre e o Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo. O fenômeno é pouco conhecido pela ciência. Acredita-se que tenha causas genéticas e hormonais. A reportagem mostra histórias de famílias que estão sendo tratadas nesses hospitais, mas também uma adolescente transgênero que vive em um abrigo para menores em Recife.

Para assistir a esta reportagem, clique aqui