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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Fiocruz cria gabinete de crise para emergência epidemiológica


Com o objetivo de enfrentar o quadro epidemiológico referente à ocorrência da dengue, chikungunya e zika no país, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) criou o Gabinete para o Enfrentamento à Emergência Epidemiológica em Saúde Pública. Os casos de microcefalia estão entre as questões que serão aprofundadas pela iniciativa.

Na ocasião de sua criação, o gabinete elaborou o Plano de Enfrentamento da Fiocruz à Emergência em Saúde Pública, que visa definir ações estratégicas. O objetivo é aproveitar ao máximo as capacidades e os recursos disponíveis, para atender à necessidade de dar respostas objetivas à situação de emergência, ao Ministério da Saúde (MS) e à população.

“Neste momento crítico, cabe à Fiocruz apresentar um plano de ação que vise contribuir com o alinhamento da instituição em torno de objetivos que resultem numa ação mais sinérgica na construção de respostas às necessidades imediatas do SUS”, afirmou o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, Valcler Rangel.

O plano abrange as áreas de execução de laboratório de referência em desenvolvimento de tecnologias para diagnóstico; organização da atenção da saúde; vigilância em saúde; comunicação e informação; e ensino, pesquisa, desenvolvimento e inovação. No plano de trabalho, estão a elaboração de um desenho de investigação para a definição da etiologia da microcefalia, desenvolvimento de kits diagnósticos para zika e chikungunya, e a criação de um protocolo de acompanhamento de gestantes e bebês em nível nacional.

Em relação à microcefalia, entre as ações está o desenvolvimento de um algoritmo para diagnóstico e notificação precoce da doença. Já em vigilância e saúde, serão realizados estudos para estimativas de casos. Na área de comunicação, estão previstos a produção de material instrutivo para obstetras e pediatras e o relançamento do site da Rede Dengue, com informações e dados, em todas às áreas, sobre dengue, zika e chikungunya. Para a assistência, deverá ser criado um protocolo de acompanhamento de gestantes e bebês em nível nacional.

A Fiocruz sustenta que será nos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação que serão encontradas as respostas para os desafios apresentados pela tríplice epidemia. Para tanto, a meta é buscar cooperação com outras instituições no Brasil e no âmbito internacional na construção de projetos que ofereçam possibilidades de geração de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias.


terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Especialistas do Pasteur chegam ao Brasil para combater o vírus zika


SÃO PAULO - Uma equipe de pesquisadores africanos do prestigiado Instituto Pasteur de Dacar, capital do Senegal, desembarca nesta segunda-feira em São Paulo para trabalhar em parceria com a Rede Zika, criada por cientistas, professores e alunos de instituições e laboratórios brasileiros para investigar o zika vírus e o aumento no número de casos de microcefalia e da síndrome de Guillain-Barré no país.

Os pesquisadores devem ajudar o grupo a acelerar os trabalhos, uma vez que a equipe africana tem grande experiência no controle de doenças e na neutralização de vírus. Além de conhecimento, eles trarão ao Brasil reagentes, antígenos e laboratórios portáteis para ajudar a treinar profissionais brasileiros.

Paolo Zanotto, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB/USP) e coordenador da rede, afirma que o país precisa começar a acompanhar o paciente portador do vírus em tempo real, evitando que ele seja picado novamente e infecte mais mosquitos.

— O paciente infectado vai ao posto de saúde em busca de tratamento, o mosquito não. Por isso, a forma inteligente é acompanhar o paciente virótico, não o vetor (transmissor da doença). Não dá para controlar o mosquito, mas acompanhando o paciente podemos evitar que mais mosquitos sejam infectados ao picá-lo — explica.

Por esse motivo, Zanotto afirma ser importante que todo portador do vírus da dengue, zika ou chicungunha use repelente, impedindo a transmissão do vírus para outros mosquitos. Segundo o pesquisador, a Rede Zika, em parceria com o Instituto Butantã, já atua para desenvolver, em curto espaço de tempo, testes rápidos que possam identificar os portadores de vírus a custo mais baixo.


Fonte: OGlobo