O termo “Ciência Aberta” faz alusão a um modelo de prática científica que, em consonância com o desenvolvimento da cultura digital, visa mais do que a disponibilização em acesso aberto de dados e publicações; envolve também a abertura do próprio processo científico como um todo, acelerando a disseminação, a democratização e o avanço do conhecimento e de seu uso pela sociedade.
As iniciativas em torno da ciência aberta abarcam um ecossistema envolvendo diversos pilares, tais como: publicações abertas (artigos, livros); dados abertos (dados científicos ou de valor acadêmico); ferramentas abertas (software, hardware, designs); pesquisa aberta (cadernos abertos, colaboração massiva, workflows); ciência cidadã (pesquisas participativas, blogs científicos, hackerspaces, laboratórios de inovação cidadã); avaliação aberta (peer-review, badges, altmetrics); e educação aberta (metodologias ativas, recursos educacionais abertos).
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) está atenta à tendência e vem buscando adotar iniciativas que provoquem reflexões relacionadas à temática. Uma das ações da CAPES foi o 1º Encontro de Ciência Aberta, realizado em 2018, e que terá sua segunda edição ainda este ano.
A CAPES também tem participado do Compromisso 3 do 4º Plano de Ação Nacional, desenvolvido no âmbito da Parceria para Governo Aberto (Open Government Partnership), que visa “estabelecer mecanismos de governança de dados científicos para o avanço da ciência aberta no Brasil”. Junto com outras instituições, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), colaboram com estratégias para promoção de ações de sensibilização, participação e capacitação em ciência aberta.
Nesta perspectiva, a Fiocruz lançou em dezembro de 2018 a Formação Modular Sobre Ciência Aberta, oferecida por meio do Campus Virtual Fiocruz. O público-alvo dos cursos é composto por pesquisadores, docentes, alunos de pós-graduação e demais usuários interessados no tema. A iniciativa apresenta à comunidade acadêmica o movimento da ciência aberta, suas diversas práticas, expectativas e controvérsias.
Os usuários já têm à disposição o curso 1 da série 2, sobre marcos legais. O módulo apresenta o panorama legal nacional, com ênfase em direito autoral e proteção de dados pessoais. O conteúdo foi desenvolvido pelos autores da publicação “Marcos legais nacionais em face da abertura de dados para pesquisa em saúde: dados pessoais, sensíveis ou sigilosos e propriedade intelectual”.
Até o final de 2019, a Fiocruz oferecerá os outros conteúdos da formação. As capacitações são independentes, não sendo obrigatório fazer o estudo na ordem sugerida. A cada trecho realizado, os alunos passam por uma avaliação on-line e recebem certificados de conclusão de acordo com critérios de aprovação. Os microcursos são resultados de uma parceria entre a Coordenação de Informação e Comunicação (VPEIC), a Escola Corporativa Fiocruz e a Universidade do Minho (Portugal).
Para obter mais informações e inscrições, clique aqui.
Fonte: Boletim eletrônico do Portal de Periódicos CAPES, acesso em 03/07/2019.
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