quinta-feira, 21 de março de 2019
Estudo da saliva pode ajudar a prevenir a cárie em bebês e crianças
Pesquisa coordenada por Tatiana Kelly da Silva Fidalgo, professora do Departamento de Odontologia Preventiva e Comunitária (Precom), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), em colaboração com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pretende identificar como metabólitos salivares de baixo peso molecular podem influenciar no processo da doença em bebês e crianças. O estudo “Metabolômica da saliva de bebês antes e após a erupção dentária e secretoma de microrganismos bucais associados à cárie dentária” avalia a saliva como um biofluido importante no que se refere à tradução do estado da incidência de cárie. A odontopediatra explica que existe um apelo grande para estudos com saliva, por ser um biofluido fácil de coletar por meio de procedimento não invasivo, que não provoca estresse. “Estamos estudando esses perfis distintos em condições de saúde e doença para, quem sabe, no futuro, podermos caracterizar uma doença pela saliva”, diz.
Tatiana conta que iniciou essa linha de pesquisa em 2008, quando começou seu mestrado na Odontopediatria da UFRJ. Ela se interessou pelo assunto porque já tinha adquirido noções básicas no curso de Biotecnologia, na Escola Técnica Federal de Química (hoje Cefet Química), e feito iniciação científica no Instituto de Biofísica, na UFRJ. Foi a professora Liana Bastos de Freitas Fernandes, pesquisadora da Faculdade de Odontologia da UFRJ, que propôs a ponte entre a Odontologia e a Bioquímica Médica, com a cooperação dos professores Ana Paula Valente e Fabio Almeida, que coordenam o Centro Nacional de Ressonância Magnética (CNRMN), e sua orientadora, a professora Ivete Pomarico Ribeiro de Souza.
Segundo a pesquisadora, os estudos que avaliam a saliva como potencial biomarcador para doenças sistêmicas não exploram a condição bucal, portanto, a dúvida é se aqueles marcadores indicam de fato uma determinada doença ou são consequência de uma doença bucal. Tatiana explica que vem daí a importância de se investigar quais são os metabólitos da doença cárie. O atual estágio do estudo, com bebês, e previsão para terminar em dois anos, se divide em três etapas: análises in vitro (para avaliar metabólitos que microrganismos bucais liberam), já em fase de finalização; coleta de biofilme de pacientes; e acompanhamento de bebês de 5 a 30 meses.
A pesquisadora esclarece que antes do nascimento dos dentes não existe microrganismo carogênico na boca do bebê, por isso a importância dessa investigação, que objetiva avaliar a evolução e os aspectos da saliva antes, durante e depois da erupção dos dentes, até o final da dentição decídua, por volta dos dois anos e meio. “Nesse período há muitas mudanças acontecendo, como o aumento da colonização pelas bactérias e a maturação das glândulas salivares”, explica a pesquisadora.
Para ler essa matéria completa, clique aqui.
Fonte: Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
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